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Parlamento dissolve governo eleito na Mongólia

Por Agencia Estado
Atualização:

O Parlamento da República Popular da Mongólia (Grande Hural) ordenou na noite de sexta-feira a dissolução do governo de coalizão, eleito há 15 meses. A decisão contraria manifestações populares na rua de Ulan Bator, a capital do país, pedindo a manutenção da atual administração. De acordo com o primeiro-ministro, Tsakhilganiin Elbegdorj, tal medida foi desencadeada pelo abandono do Partido Revolucionário do Povo da Mongólia (PRPM), líder da coalizão que governava o país. O PRPM (partido do presidente Nambaryn Enkhbayar) acusa o agora ex-primeiro-ministro, antigo ativista pró-democracia, de ter fracassado na luta contra a corrupção e o empobrecimento do país. O partido, que dominou a política mongol nos últimos 14 anos posteriores à queda do regime pró-soviético, já anunciou previamente sua intenção de formar governo sozinho, até sem maioria parlamentar. Nas eleições de 2004, foi acertada a posição majoritária do partido no Executivo em troca da nomeação de Elbegdorj, do Partido Democrático, como primeiro-ministro. O país cujas tribos dominaram a Ásia na Idade Média, sob as ordens de Gengis Khan e de seus sucessores, foi um aliado simbólico dos EUA na Guerra do Iraque, enviando um pequeno contingente militar.

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