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Parlamento do Iêmen aprova estado de exceção decretado por Saleh

Medida, que terá duração de 30 dias, já havia sido decretada pelo presidente na última sexta

Atualização:

SANAA - O Parlamento do Iêmen aprovou nesta quarta-feira, 23, o estado de exceção decretado na sexta-feira passada pelo presidente do país, Ali Abdullah Saleh, por 161 votos a favor e 2 contra.

 

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O estado de emergência, que se prolongará por 30 dias, foi imposto por Saleh em meio ao massacre de 45 manifestantes opositores ao regime, no último dia 18, durante um protesto nos arredores da Universidade de Sana.

 

 

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As causas que levaram à aprovação do decreto foram, segundo fontes oficiais, os distúrbios ocorridos em várias cidades iemenitas e as agressões contra propriedades privadas e públicas que ameaçam a união nacional e a paz social.

 

O estado de execeção, de cuja votação participaram 163 deputados dos 301 do Parlamento iemenita, foi aprovado depois de Saleh tentar na terça-feira oferecer uma saída à crise política que atinge o país ao anunciar que deixará o poder antes do fim deste ano.

 

No entanto, os opositores ao presidente iemenita reivindicam que ele abandone o cargo imediatamente, assim como fizeram os últimos presidentes da Tunísia e do Egito, após revoltas populares forçarem a saída dos respectivos líderes Zine el Abidine Ben Ali e Hosni Mubarak.

 

O Iêmen é palco de protestos políticos contra o regime de Saleh desde 27 de janeiro, que se intensificaram em meados de fevereiro.

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Nos últimos dias, vários militares, membros do governo e diplomatas renunciaram em protesto à violenta repressão dos manifestantes, que já deixou dezenas de mortos e centenas de feridos.

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