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Parlamento do Irã aprova reforma eleitoral

Por Agencia Estado
Atualização:

O Parlamento iraniano, dominado pelos reformistas, aprovou neste domingo uma reforma na legislação eleitoral que pretende reverter a desclassificação de milhares de candidatos para as eleições parlamentares de fevereiro. Contudo, as emendas devem ser submetidas ainda ao Conselho dos Guardiães da Revolução - formado por seis clérigos indicados pelo líder supremo do país, aiatolá Ali Khamenei, e outros seis membros indicados pela mesma Justiça ultraconservadora que invalidou 3.605 das 8.157 candidaturas, em 11 de janeiro, provocando uma profunda crise no país. A proibição afeta principalmente os candidatos reformistas, entre eles 80 dos 290 deputados do Parlamento. Os poderosos conservadores do governo islâmico buscam obter o controle do Parlamento. Segundo a reforma na lei eleitoral, os candidatos que já disputaram eleições anteriores não poderão ser bloqueados, a menos que seja apresentada um ampla justificativa legal. A mudança poderia salvar a maioria das candidaturas dos 80 deputados reformistas impedidos de concorrer. A mudança também permite que a assembléia aprove qualquer aspirante considerado por dirigentes locais como leal ao Islã e ao sistema islâmico de governo. Essa cláusula busca eliminar a desclassificação por motivos religiosos. O Conselho dos Guardiães argumentou anteriormente que a maioria das exclusões era de candidatos que não respeitavam a lei islâmica e que o religioso deve ter primazia sobre o político.

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