21 de agosto de 2014 | 18h08
Os parlamentares rejeitaram as demandas dos manifestantes, que pediam a renúncia de Sharif e a dissolução do parlamento, visando "defender a supremacia da constituição" e a "soberania do parlamento". Há uma semana, os participantes dos protestos contra o governo marcharam da cidade de Lahore até os portões da Assembleia, onde realizam um ato pacífico. Eles acusam o premiê de ter fraudado as eleições.
As negociações entre o governo e os representantes da manifestação haviam sido retomadas na manhã desta quinta-feira, após um pedido do poderoso Exército do país. No entanto, Khan decidiu interromper o diálogo, dizendo que a nomeação de um novo chefe de polícia para Islamabad levaria a uma repressão contra os protestos.
O governo nega que tenha qualquer plano de confrontar os manifestantes e insistiu que estava disposto a discutir todas as exigências, menos a renúncia do primeiro-ministro. "Nós queremos continuar com os diálogos", disse o ministro das Informações, Pervaiz Rashid.
A embaixada dos EUA apoiou a decisão do parlamento, dizendo se opor a qualquer esforço para impor mudanças inconstitucionais. Ao mesmo tempo, os diplomatas encorajaram as partes a "resolverem suas diferenças por meio do diálogo pacífico de maneira a fortalecer as instituições democráticas paquistanesas e o Estado de Direito".
Em discurso aos manifestantes, Imran Khan acusou Washington de tomar partido e pediu que os EUA não apoiem "patetas como Nawaz Sharif". O partido de Khan, Pakistan Tehreek-e-Insaf - o terceiro maior do parlamento -, não compareceu à votação.
Os protestos na cidade têm sido pacíficos, mas elevaram a tensão no país, que tem um histórico de turbulência política e ditaduras militares. As eleições de Sharif, em maio, marcaram a primeira transferência de poder democrática desde que o Paquistão se separou da Índia, em 1947. Fonte: Associated Press.
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