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Parlamento Europeu mantém apoio a Arafat

Por Agencia Estado
Atualização:

O Parlamento Europeu confirmou hoje seu apoio à Autoridade Nacional Palestina do presidente Yasser Arafat, descartado como interlocutor ontem à noite pelo governo israelense. Em uma resolução adotada por maioria, a assembléia da União Européia (UE) condenou os atentados de quarta-feira que provocaram 10 mortos e 30 feridos entre os civis israelenses, denunciando também os "atos de terrorismo perpetrados por organizações israelenses". Explicitamente, o Parlamento Europeu ratificou ainda seu "apoio à Autoridade Nacional Palestina e a suas instituições". Nenhuma esperança de paz O secretário-geral da Liga Árabe, Amr Mussa, afirmou hoje que nenhum diálogo de paz com a direção política israelense desperta seu interesse e que as reais intenções de Israel sobre a restauração da paz no Oriente Médio são claras para todos os que não a conheciam antes. Mussa falou depois da decisão de Israel de romper contatos com Arafat. "Esta decisão deixa claro o que este governo (israelense) quer para a região", disse Mussa, acrescentando que a administração palestina deveria ter tomado antes a mesma decisão. "Esta decisão unilateral israelense aponta para o fim de todos os esforços para se instaurar a paz na região, incluindo os esforços americanos". Liderança Os Estados Unidos reconhecem Yasser Arafat como líder dos palestinos e continuarão trabalhando com ele, disse hoje o secretário assistente de Estado americano, William Burns, horas depois que Israel anunciou ter rompido todos os seus contatos com o presidente da Autoridade Palestina. Burns falou a jornalistas após uma reunião com o presidente sírio, Bashar Assad, em Damasco, durante a qual discutiram a guerra no Afeganistão e o processo de paz no Oriente Médio. Mais cedo, Israel afirmou em um comunicado que Arafat "não é mais relevante para Israel? e que o país não mais manterá qualquer conexão com ele". "Continuaremos trabalhando com a liderança palestina", afirmou Burns.

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