04 de outubro de 2012 | 08h36
Texto atualizado às 10h37
ANCARA - O Parlamento turco aprovou nesta quinta-feira, 4, uma lei autorizando o Exército a realizar operações em território sírio, um dia depois de um bombardeio originado na Síria ter matado cinco pessoas em uma cidade turca na fronteira. A decisão foi tomada em uma reunião de emergência do Parlamento.
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Apesar da decisão do Parlamento, o vice-primeiro-ministro Besir Atalay afirmou que isso não equivale a uma declaração de guerra, e, sim, que é apenas uma forma de dissuasão. A lei dá ao governo o direito de enviar tropas ou caças para atacar alvos na Síria quando achar necessário.
Também nesta quinta, a Turquia voltou a disparar contra alvos na Síria pelo segundo dia seguido, ainda em retaliação ao bombardeio vindo da Síria.
Manifestação
Enquanto os parlamentares faziam o debate, uma manifestação foi realizada em Ancara pedindo que o país não se envolva em uma guerra com o país vizinho. Policiais responderam com gás lacrimogêneo.
A violência na fronteira adicionou uma perigosa nova dimensão para o conflito que está arrastando outros países para a guerra civil na Síria. Com a aprovação da medida, está aberto o caminho para ação unilateral das Forças Armadas, sem o envolvimento dos aliados Ocidentais e árabes.
No entanto, líderes turcos estão cientes dos riscos de uma intervenção aberta, especialmente sem o apoio de uma coalizão internacional. Observadores não acreditam que os Estados Unidos possam agir antes das eleições do mês que vem.
As informações são da Associates Press
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