Parlamentos que foram alvo da ira popular

Antes da invasão ao Capitólio, nos EUA, outras sedes do Legislativo no mundo também foram atacadas no ano passado

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Por Redação
Atualização:

Antes de o Capitólio ser invadido nesta quarta-feira (6) por apoiadores do presidente americano Donald Trump, vários Parlamentos foram recentemente alvos da ira popular em todo o mundo:

Guatemaltecos voltram às ruas para pedir a renúncia do presidente Alejandro Giammattei Foto: Moises Castillo/AP

- Guatemala -

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Em 21 de novembro de 2020, centenas de guatemaltecos incendiaram o Parlamento para protestar contra o orçamento de 2021, no mesmo momento em que manifestantes exigiam a renúncia do presidente Alejandro Giammattei.

- Armênia -

Na madrugada de 9 para 10 de novembro, manifestantes descontentes com a assinatura de um cessar-fogo que marcou a derrota da Armênia em Nagorno-Karabakh invadiram a sede do governo e o Parlamento, que foram parcialmente saqueados.

- Quirguistão -

Em 6 de outubro de 2020, no Quirguistão, manifestantes anti-governo invadiram o edifício do Parlamento e da administração presidencial, contestando os resultados das eleições parlamentares.  

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Libertaram vários políticos da prisão, entre eles o líder nacionalista e populista Sadyr Khaparov, agora favorito na eleição presidencial prevista para este domingo.

- Alemanha -

Em 29 de agosto de 2020, várias centenas de manifestantes "anti-máscaras" tentaram entrar à força no edifício do Reichstag, sede do Parlamento alemão, mas foram bloqueados pelas forças de ordem.

As imagens comoveram a Alemanha, onde o Reichstag foi incendiado em 1933 pelos nazistas.

Manifestanteempunha bandeira do Líbano após confronto com polícia em Beirute Foto: REUTERS/Hannah McKay

- Líbano -

Em 8 de agosto de 2020, quatro dias após uma dupla explosão que devastou Beirute, milhares de manifestantes indignados atacaram brevemente vários ministérios.

Grupos de manifestantes tentaram cruzar as barreiras de segurança que protegem o Parlamento. Houve confrontos entre as forças de ordem e os manifestantes.

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- Mali -

Em 10 de julho de 2020 no Mali, abalado há vários meses por protestos anti-governo, uma manifestação contra o presidente Ibrahim Boubacar Keita em Bamako terminou em confronto, com ao menos um morto, 20 feridos e ataques a prédios públicos, incluindo a Assembleia Nacional.

Boubacar foi derrubado por um golpe militar em 18 de agosto.

- Sérvia -

Em julho de 2020, a Sérvia vivenciou vários dias de manifestações violentas após o anúncio da reinstauração de um toque de recolher contra o coronavírus. 

Em várias ocasiões, grupos de manifestantes invadiram o Parlamento.

Policiais reprimem manifestantes em Hong Kong com bombasde gás lacrimogêneo Foto: Ng Han Guan / AP

- Hong Kong -

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Em 1o de julho de 2019, manifestantes anti-Pequim ocuparam e saquearam por várias horas o Parlamento de Hong Kong, no aniversário da devolução da ilha à China, em 1997.

Este ataque rompeu com o caráter amplamente pacífico de várias semanas de manifestações, desencadeadas por um projeto de lei sobre as extradições. / AFP

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