Um dos líderes políticos do Hezbollah assegurou que a organização shiita recebe dinheiro até da Argentina, e criticou a decisão do país latino de não participar da força de paz da ONU a ser enviada ao sul do Líbano. Hezbollah recebe "muito dinheiro" do Irã, como afirmam os EUA, mas também, de "todos os países onde há muçulmanos", afirmou Muafak Jammal em entrevista publicada hoje no diário argentino La Nación. "No caso da Argentina, chega dinheiro de libaneses, que são muitos, e não necessariamente dos muçulmanos, senão também dos cristãos, que são libaneses comprometidos", explicou Jammal. O jornal diz que Jammal, 42, é professor de literatura, casado, "apaixonado pela política", e possui um jeito de falar tão inquietantemente sereno como o de seu chefe, o procurado líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah. O jornal diz ainda que Jammal é um dos dirigentes de extrema confiança de Nasrallah. Dirigentes de entidades libanesas na Argentina afirmaram ao La Nación que não acreditam que haja pessoas que financiem o Hezbollah, ainda que admitiram a possibilidade de que existam partidários da organização shiita.