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Parte o primeiro avião do Brasil com ajuda à Ásia

Por Agencia Estado
Atualização:

O governo brasileiro enviou na noite desta quinta-feira para Bancoc, na Tailândia, um carregamento de 16 toneladas de alimentos e medicamentos como ajuda humanitária aos países da Ásia atingidos pelo tsunami. Pelos menos mais dois aviões carregados de alimentos, roupas e remédios serão enviados para a região. Até segunda-feira, um avião cedido pela Varig levará 60 toneladas de remédios e água para o Sri Lanka. Até o próximo dia 8, uma terceira aeronave, da FAB, levará mais 16 toneladas de alimentos. A estratégia para levar doações de brasileiros às vítimas da tragédia foi avaliada pelo Comitê de Crise, coordenado pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. O Ministério da Saúde doou 35 toneladas de remédios. Já uma empresa do Rio Grande do Norte cedeu dez toneladas de alimentos. No total, as doações já ultrapassam 150 toneladas. O primeiro Boeing KC-707 da Força Aérea Brasileira (FAB) decolou por volta das 20 horas da Base Aérea de Brasília, num vôo de quatro escalas com duração prevista de 40 horas. O avião levava oito toneladas de alimentos - arroz, açúcar, óleo e macarrão - fornecidos pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e 8,1 toneladas de medicamentos - soro fisiológico, antibióticos, antiparasitários, remédios para o controle de diabetes e hipertensão e outros - do estoque brasileiro reservado a situações de calamidade pública. Lula Quatro dias depois do maremoto na Ásia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou, em solenidade no Palácio do Planalto, a morte e o sofrimento de milhares de pessoas. "O governo brasileiro não só estará solidário com os seres humanos, mas ajudará no que for possível", disse. Ele destacou que diplomatas brasileiros definirão com a ONU a ajuda que o Brasil pode dar aos asiáticos. "Este desastre é um alerta para que a gente comece a olhar com mais carinho a preservação ambiental e a natureza", disse. "Muitas vezes nós a desprezamos e, de vez em quando, ela se revolta. E quando ela se revolta não pede licença, não diz onde vai acontecer e acontece." Na avaliação do Itamaraty, a maior preocupação, no momento, é o alastramento de epidemias nos países atingidos. O ministro Edson Monteiro, chefe da Divisão de Ásia do Itamaraty, observou que jamais um desastre natural afetou tantos países, com necessidades distintas de ajuda. Daí, o alerta aos brasileiros interessados em trabalhar como voluntários ou fazer doações para buscar orientação da Cruz Vermelha ou de outros organismos. "Não adianta nada enviar carne bovina ao Sri Lanka porque a população não come este tipo de alimento", explicou o embaixador Edmundo Fujita, diretor do Departamento de Ásia e Oceania do Itamaraty. "E os candidatos a voluntários devem se certificar de que sua ajuda é realmente necessária e não será um estorvo a mais. Terão ainda de levar consigo todas as provisões que venham a precisar." Os interessados em atuar como voluntários devem procurar a Cruz Vermelha, pelo telefone (21) 2221-0658.

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