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Participação em eleição no Haiti pode chegar em até 80%

Por Agencia Estado
Atualização:

Cerca de 80% dos eleitores haitianos podem ter ido às urnas na terça-feira para escolher o seu novo presidente, de acordo com uma representante do Conselho Eleitoral Provisório (CEP), Josepha Gauthier. include $DOCUMENT_ROOT."/ext/selos/bbcimg.inc"; ?> Segundo Gauthier, embora os números oficiais ainda não tenham sido apurados, o CEP, responsável pela organização das eleições, estima que a participação tenha ficado em torno de 75% a 80% das 3,5 milhões de pessoas registradas para votar. O comparecimento maciço nas primeiras eleições no país desde a queda do ex-presidente Jean-Bertrand Aristide, em 2004, surpreendeu os observadores internacionais. Linchamento Na cidade de Gonaives, um homem foi morto por um policial, que em seguida foi linchado e morto pela multidão. A terceira morte ocorreu na capital haitiana, Porto Príncipe, onde um eleitor de 75 anos morreu, aparentemente sufocado, em meio ao empurra-empurra das pessoas que se aglomeravam para votar. O atraso na abertura das seções enfureceu a multidão de haitianos, muitos podiam ser vistos caminhando nas ruas ainda escuras de Porto Príncipe para chegar aos centros de votação às 6h, horário previsto para a abertura das urnas. O secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), José Miguel Insulza, disse que parte dos problemas se deve justamente a aglomeração de pessoas tão cedo nos centros de votação. Insulza insistiu que para a OEA, que ajudou o Haiti no processo eleitoral, os resultados desta terça-feira foram "satisfatórios", ao responder às perguntas mais incisivas de jornalistas haitianos sobre os problemas que impediram eleitores de votar. Adiamentos As eleições, inicialmente marcadas para novembro do ano passado, foram adiadas quatro vezes por causa de problemas técnicos e, segundo alguns analistas, falta de vontade política da parte do CEP. O chefe da força de estabilização da ONU no país, a Minustah, Juan gabriel Valdes, também disse que a avaliação das Nações Unidas, que investiu US$ 72 milhões nestas eleições, é positiva. Os observadores nacionais e estrangeiros entrevistados pela BBC Brasil também se mostraram satisfeitos com a eleição. "É um milagre. Apesar de tudo o que deu errado, os problemas acabaram sendo corrigidos e quase todo mundo conseguiu votar", disse o chefe da missão de observadores da União Européia no Haiti, Johann Van Hecke. Contestação Josepha Gauthier, do CEP, diz esperar a contestação das eleições. ?Havia 34 candidatos. Agora serão um ou dois, os outros vão reclamar.? Se nenhum dos candidatos obtiver mais de 50% dos votos, a eleição será decidida no segundo turno, marcado para o dia 29 de março. Pesquisas de opinião realizadas em janeiro indicavam que o favorito e o candidato René Préval, do partido Lespwa (Esperança, em crioulo, uma das duas línguas oficiais faladas no Haiti, além do francês). O empresário Charles Henri Baker, sem partido, aparece em segundo lugar nos mesmos levantamentos. A ONU vai manter o forte de esquema de segurança montado para a votação nos próximos dias, para se prevenir contra reações violentas aos resultados. include $DOCUMENT_ROOT."/ext/selos/bbc.inc"; ?>

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