Partido Comunista Chinês cria norma de censura à imprensa

Partido comunicou que será necessária uma aprovação para cobrir eventos históricos importantes, além de aniversários de figuras políticas ou revolucionárias

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Por Agencia Estado
Atualização:

Os meios de comunicação chineses terão que solicitar permissão antes de cobrir temas políticos sensíveis no período que antecede o congresso nacional do Partido Comunista da China (PCCh), informa o jornal South China Morning Post, de Hong Kong. O departamento de propaganda do comitê central do partido comunicou num documento distribuído à imprensa nacional que será necessária uma aprovação para cobrir eventos históricos importantes, além de aniversários de figuras políticas ou revolucionárias consideradas politicamente sensíveis ou polêmicas. Segundo a agência Xinhua, a pressão sobre a imprensa aumenta com a aproximação do XVII congresso nacional, o primeiro presidido por Hu Jintao como chefe do PCCh, do governo e do Exército. A reunião fixará os planos para o próximo qüinqüênio e abrirá o caminho da renovação dos líderes. O jornal lembrou que em novembro o PCCh advertiu a revista Lifeweek, que havia publicado reportagens sobre o aniversário do fim da Revolução Cultural, centrado no julgamento da mulher de Mao Tsé-tung, Jiang Qing. Além disso, segundo a mesma fonte, os censores também exigiram a demissão de alguns dos seus críticos, como nos jornais Beijing News, Southern Metropolis Daily e Public Interest Times, além de "blogs" e fóruns universitários.

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