Partido Comunista diz que a revolução continuará mesmo sem Fidel

"Cuba nunca será uma estrela a mais na bandeira dos Estados Unidos", disse uma manifestante

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Por Agencia Estado
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Cuba amanheceu calma nesta quinta-feira, ainda que haja um clima de incerteza por causa do silêncio de Raúl Castro e dos médicos sobre a saúde de Fidel Castro. Desde terça-feira, milhares de trabalhadores participam de atos de reafirmação patriótica realizados nos locais de trabalho e espaços públicos em todo o país. Os Comitês de Defesa da Revolução (CDR), a maior organização de massa da ilha, com 8,2 milhões de afiliados, convocaram a população para advertir sobre a ameaça dos Estados Unidos e pedir que mantenham o compromisso com a revolução. "Estamos preparados para seguir apoiando a revolução. Com Fidel ou sem Fidel a revolução vai continuar´, assegurou a responsável de um comitê do município de Playa. "Cuba nunca será uma estrela a mais na bandeira dos Estados Unidos", conclamou diante de um grupo de vizinhos. A preparação dos quadros defensivos e dos meios de comunicação do país ocupou também as primeiras páginas da imprensa oficial cubana, que lembrou especialmente que, um mês atrás, o Partido Comunista (PCC) ovacionou as declarações de Raúl Castro, nomeado pelo partido como "único herdeiro digno" do líder cubano. "Os meios de combate estão prontos para nos defender", deu destaque o site do jornal Granma, órgão oficial do PCC. A agência oficial Prensa Latina lembrou que "Cuba tem uma concepção defensiva denominada ´guerra de todo o povo´, baseada na disposição dos cidadãos de lutar. A televisão local se ocupará nesta quinta-feira das "ameaças do império" e da "máfia de Miami" no programa "Mesa Redonda". Fidel Castro, líder da revolução comunista de 1959 em Cuba, cedeu provisoriamente o poder ao seu irmão Raúl, ministro da Defesa, na segunda-feira, enquanto permanece hospitalizado depois de uma complicada cirurgia intestinal. Esta é a primeira vez que Fidel deixa o poder em 47 anos de mandato.

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