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Partido curdo assume atentado a bomba na Turquia

Além da bomba, ala armada do PKK também reivindicou responsabilidade por uma explosão que fez descarrilar um trem de carga no sábado no sudeste da Turquia

Por Agencia Estado
Atualização:

A guerrilha do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) assumiu nesta segunda-feira a responsabilidade por um atentado a bomba que deixou 17 feridos no leste da Turquia no último sábado, informou a agência de notícias pró-curda Firat. Além da bomba, que explodiu nas proximidades de um alojamento da polícia na cidade de Igdir, a ala armada do PKK também reivindicou responsabilidade pela explosão que fez descarrilar um trem de carga, sábado, no sudeste da Turquia. Na última ação de violência, rebeldes mataram na noite de domingo um tenente numa emboscada a uma unidade militar turca em Dargecit, na província de Mardin. Os rebeldes curdos têm intensificado suas ações em toda a Turquia e ignorado pedidos do Partido da Sociedade Democrática, pró-curdos, pela declaração de um cessar-fogo unilateral visando o estabelecimento de negociações com o Estado turco. A violência também ocorre em meio a novos esforços da Turquia, dos Estados Unidos e do governo do Iraque para conter os rebeldes, que têm base no norte iraquiano. A maioria dos estimados 5 mil guerrilheiros do PKK estaria na Turquia, mas muitos operam no Iraque e no Irã. A guerrilha se beneficiou de anos de vácuo de poder no norte do Iraque. Durante o governo de Saddam Hussein, uma zona de exclusão aérea foi criada para proteger a região de investidas das tropas iraquianas. O curdos, então, fincaram bases na região, de onde cruzam a fronteira para promover ataques na Turquia. O PKK luta pela autonomia da região sudeste turca, de maioria curda. Pelo menos 37 mil pessoas já morreram desde que o grupo pegou em armas 22 anos atrás.

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