
10 de novembro de 2011 | 19h09
Monti foi nomeado senador vitalício por Napolitano na quarta-feira, o que lhe permitiria liderar um novo governo. Berlusconi felicitou o economista nesta quinta-feira pela nomeação, mas não está claro se seu partido de centro-direita apoiará um possível governo de Monti. Berlusconi sempre teve preferência por seu próprio candidato, o ex-ministro da Justiça, o siciliano Angelino Alfano, para sucedê-lo um dia. Uma reunião que ocorreu hoje entre Berlusconi e os caciques políticos do PDL na mansão do premiê demissionário em Roma terminou sem resultado - o PDL não informou se apoiará ou não um possível governo de Monti.
"Nosso partido não está dividido. Existem opiniões diferentes, mas chegaremos a um consenso. Berlusconi pediu demissão ao anunciar que queria aprovar grande parte das medidas apoiadas pela União Europeia porque isso significa fazer o bem para a Itália", disse Alfano. Tanto o político siciliano quanto Berlusconi disseram que o comitê executivo do partido decidirá ou não participar de um eventual governo Monti, informa a agência Ansa. A decisão pode ser tomada na noite desta quinta-feira ou na sexta-feira. O partido xenófobo Liga Norte (direita), que foi aliado de Berlusconi na coalizão de governo de centro-direita, descartou a hipótese de apoiar um governo de transição. Umberto Bossi, líder da Liga, defende a antecipação das eleições de 2013, informa a Ansa. É provável que a Liga Norte passe para a oposição.
As informações são da Associated Press, Dow Jones e Ansa.
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