Partido de Blair enfrenta greve e escândalo de venda de títulos

Uma terceira pessoa foi presa por concessão de títulos em troca de doações ao Partido Trabalhista

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Por Agencia Estado
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A prisão de uma terceira pessoa envolvida com a suposta concessão de títulos em troca de doações ao Partido Trabalhista e a primeira greve no Serviço Nacional de Saúde em 18 anos chegam no pior momento para os trabalhistas, que realizam seu congresso anual neste domingo em Manchester. Será o último do qual Tony Blair participará como primeiro-ministro, já que o premier anunciou que deixará o cargo no ano que vem. A polícia não revelou até o momento a identidade do terceiro detido em relação ao escândalo da suposta "venda" de títulos de lorde a doadores ou pessoas que fazem empréstimos ao partido de Blair. No entanto, citando fontes ligadas ao governo, o jornal The Times, publicou nesta quinta-feira o nome de Christopher Evans, fundador da empresa Merlin Biosciences, que doou cerca de 1,5 milhão de euros aos trabalhistas entre janeiro e maio do ano passado. Evans é um dos vários multimilionários que financiaram a campanha do partido de Blair nas eleições de maio nas quais os trabalhistas obtiveram a terceira vitória consecutiva. O multimilionário ofereceu 14 milhões de libras - cerca de 21 milhões de euros - ao Partido Trabalhista e, segundo o jornal foi interrogado na terça-feira pela polícia. O principal arrecadador de fundos do partido, Michael Abraham Levy, e um ex-assessor do governo, Des Smith, também são suspeitos de envolvimento. Os dois pagaram fiança e aguardam em liberdade. Greve Além do escândalo das concessões de títulos, o premier britânico enfrenta a greve do Sistema Nacional de Saúde. A partir das 22 horas desta quinta, centenas de funcionários do setor de logística começarão uma greve de 24 horas, em protesto pela terceirização deste serviço à empresa de transportes alemã DHL. Embora haja o temor de que falte material em alguns hospitais, o governo tem se mostrado decidido a seguir adiante com a privatização do serviço e garante que os efeitos da greve serão muito limitados. O sindicato que representa a categoria, o Unison, argumenta que não há motivo algum para a privatização, e recorreu aos tribunais contra a operação.

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