25 de janeiro de 2015 | 08h09
Pesquisas de opinião divulgadas na sexta-feira indicam que o Syriza deve conquistar a maioria dos votos, sem, no entanto, obter a maioria parlamentar, o que vai obrigá-lo a fazer alianças para formar um governo de coalizão. Levantamento divulgado na sexta-feira indicava que o Syriza deve receber 30% dos votos, enquanto o partido Nova Democracia deve obter 27%.
O esquerdista Syriza, liderado por Alexis Tsipras, promete renegociar a dívida do país, que soma 240 bilhões de euros. O partido também afirma que irá reverter muitas das reformas exigidas por credores internacionais desde 2010. As promessas de acabar com o período de austeridade na Grécia têm atraído muitos eleitores, descontentes com a deterioração de seu padrão de vida e aumento dos impostos. A retórica contra os resgates internacionais, no entanto, renova dúvidas de investidores sobre se a Grécia será capaz de sair de sua crise financeira. Autoridades europeias temem que, caso o Syriza vença as eleições, o país volte a ser o epicentro de uma crise no continente.
Para conseguir colocar suas ideias em prática, o Syriza precisa obter maioria absoluta no Parlamento. Pelas regras eleitorais gregas, o partido vencedor na votação ganha automaticamente 50 assentos extras, de um total de 300 integrantes - uma medida que tem como objetivo facilitar a estabilidade de um governo eleito. Fonte: Associated Press.
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