11 de maio de 2013 | 16h00
Segundo resultados iniciais, a Liga Muçulmana do Paquistão-Nawaz, de Sharif, liderava em 144 dos 272 distritos eleitorais. O partido Tehreek-e-Insaf (PTI), de Khan, que boicotou as eleições de 2008, vencia em 38 distritos, enquanto o Partido Popular do Paquistão (PPP), do governo anterior, vinha assegurando 33 cadeiras.
Candidatos independentes e partidos pequenos lideravam em outros distritos. Se os resultados parciais se confirmarem, Sharif, que foi deposto por um golpe militar em 1999, poderá se tornar primeiro-ministro do país pela terceira vez. "O Paquistão precisa de um governo forte que possa tomar decisões fortes", disse. "Eu quero buscar consenso, mesmo se conseguirmos a maioria (das cadeiras)."
Esta será a primeira vez, desde a independência do Paquistão, em 1947, que um governo civil cumpre um mandato completo de cinco anos e transfere o poder para outro democraticamente eleito.
O Partido Popular do Paquistão, do presidente Asif Ali Zardari, era visto como corrupto e parecia relegado ao terceiro lugar nas eleições, devido ao avanço de Khan. O ex-astro do críquete já garantiu uma cadeira em Peshawar, derrotando um membro do poderoso clã Bilour, que disputava a eleição pelo partido secular Awami.
O comparecimento às urnas ficou acima dos 50%, segundo autoridades, apesar das ameaças do Taleban e de episódios de violência que deixaram pelo menos 19 mortos. Nas últimas eleições, apenas 44% dos eleitores compareceram às urnas.
O Taleban paquistanês concentrou sua campanha de violência e intimidação no PPP e seus dois aliados seculares, a ANP e o Movimento Muttahida Qaumi. No pior ataque durante as eleições, 11 pessoas foram mortas na manhã de sábado com a explosão de duas bombas que tinham como alvo um escritório da ANP na cidade de Karachi. As informações são da Dow Jones.
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