PARIS - A República em Marcha (LRM), partido do presidente da França, Emmanuel Macron, denunciou nesta segunda-feira, 31, a publicação no site WikiLeaks de documentos internos, entre eles alguns falsos, e a considerou "uma operação de desestabilização".
A formação política destacou em um comunicado que se trata dos mesmos documentos que já foram divulgados no dia 5 de maio, às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais que levaram Macron ao Palácio do Eliseu.
"Apresentando-o como novo, o WikiLeaks se limita a retomar como própria a operação de desestabilização organizada em maio", considerou o partido.
Na ocasião, a legenda apresentou uma denúncia perante o Ministério Público por "acesso fraudulento, extração fraudulenta de dados, falta de respeito ao segredo dos destinatários e usurpação de identidade", em um processo ao qual agora soma o WikiLeaks.
Ainda que, por enquanto, não tenha sido possível determinar a autoria da ação, a divulgação dos documentos aconteceu sobretudo em sites da extrema direita dos Estados Unidos.
Segundo a LRM, os documentos foram obtidos por meio do pirateio dos e-mails pessoais ou profissionais de vários de seus dirigentes.
O partido francês acrescentou que "a operação de pirateio se traduziu na difusão de numerosos documentos falsos junto a outros autênticos".
O WikiLeaks publicou hoje 71.848 e-mails de membros da campanha de Macron, dos quais assegura ter verificado 21.075.
Além disso, a organização fundada por Julian Assange põe a disposição dos internautas um motor de busca para manejar o restante dos e-mails. / EFE