26 de maio de 2015 | 02h03
O Voluntad Popular (VP), partido do líder opositor venezuelano Leopoldo López, convocou ontem uma manifestação para o sábado contra o governo do presidente Nicolás Maduro. Segundo a legenda, o ato faz parte de uma "nova etapa" da mobilização antichavista na Venezuela. No fim de semana, López e o ex-prefeito de San Cristóbal, Daniel Ceballos, decretaram greve de fome para exigir uma definição para as eleições legislativas - previstas apenas para o fim do ano, ainda sem uma data específica.
"Começou uma nova etapa de luta que requer a solidariedade e a mobilização do povo venezuelano para que, juntos, possamos encontrar uma solução pacífica e democrática para a crise", disse o coordenador nacional do VP, Freddy Guevara.
Segundo o dirigente, a nova fase foi lançada após a decisão de López e Ceballos de decretar greve de fome. Além da definição da data das eleições, ambos pedem a libertação de manifestantes e opositores detidos nos protestos do ano passado e o fim da censura aos meios de comunicação críticos ao governo. O VP também defende a participação de observadores da Organização dos Estados Americanos e da União Europeia nas eleições parlamentares.
Ainda ontem, líderes chavistas negaram que López estivesse de fato em greve de fome e incomunicável, como disse sua mulher, Lilian Tintori. "Eu falei com o diretor do presídio de Ramo Verde e ele me informou que Leopoldo López tomou café da manhã e almoçou, por exemplo. Não está em greve de fome", disse o defensor público da Venezuela, Tarek William Saab, à emissora colombiana Blu Radio. López e Ceballos estão presos desde o ano passado, quando foram acusados de incitar violência em protestos contra o governo. / EFE
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