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Partido de Suu Kyi é autorizado a concorrer em Mianmar

Formação política birmanesa liderada pela Nobel da Paz Aung San Suu Kyi foi legalizada

Atualização:

Bangcoc - A formação política birmanesa liderada pela Nobel da Paz Aung San Suu Kyi foi legalizada, o que abre a via para que concorra ao Parlamento de Mianmar nas próximas eleições, informou a imprensa nesta terça-feira, 13.

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Segundo o diário "Nova Luz de Mianmar", o novo status da Liga Nacional pela Democracia (LND) foi aprovado na segunda-feira, três semanas depois de uma delegação do partido ter apresentado na Comissão Eleitoral a documentação para sua inscrição, incluindo os 21 nomes que lideram a formação.

Além de Suu Kyi, na qualidade de secretária-geral, na lista figuram o até agora vice-presidente da LND, Tin Oo, assim como Win Tin, destacado membro do comitê executivo, e representantes de diferentes etnias e do coletivo feminino birmanês.

Nesta segunda-feira, o partido apresentou o novo logotipo de sua bandeira, na qual sobre um fundo vermelho se destacam uma estrela branca e um peru real amarelo em posição de ataque.

Em 18 de novembro, a LND decidiu, mediante uma votação interna, pedir sua legalização para retornar à política após mais de duas décadas de perseguição do Governo.

A formação de Suu Kyi, que ganhou as eleições realizadas em 1990 e cujos resultados nunca foram aceitos pelos militares, foi declarada ilegal em 2010 após negar-se a participar do pleito de novembro daquele ano, por considerar que o processo era antidemocrático.

Os planos imediatos da LND, segundo indicou seu porta-voz, Nyan Win, são selecionar os candidatos que concorrerão nas eleições que serão convocadas durante o primeiro trimestre do próximo ano para ocupar 46 cadeiras do Parlamento e outras duas em assembleias legislativas regionais.

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O Legislativo é composto por 440 cadeiras da Câmara Baixa e 224 da Câmara Alta.

Das 46 vagas atuais no Legislativo, 40 correspondem à Câmara Baixa e seis à Câmara Alta.

O principal adversário do partido político de Suu Kyi é o Partido para a Solidariedade e Desenvolvimento da União, que, liderado pelo presidente do país, o ex-general Thein Sein, e outros ex-chefes militares, se proclamou vencedor do pleito do ano passado, os primeiros após mais de duas décadas de ferrenho regime militar.

 

 

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