Partido governista japonês se mantém firme em disputa territorial

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O Partido Democrático do Japão (PDJ) promete fazer o máximo possível para proteger o território japonês e dar um fim à geração de energia nuclear até a década de 2030, apontou esboço de compromissos de campanha da legenda governista que veio à tona nesta terça-feira. O Partido Democrático, do qual faz parte o primeiro-ministro, Yoshihiko Noda, está bem atrás nas pesquisas de opinião da maior legenda oposicionista, o Partido Liberal Democrático (PLD). O país terá eleições parlamentares em 16 de dezembro. "Nós vamos expandir e fortificar a guarda e a vigilância realizadas principalmente pela guarda costeira e adotar todas as medidas possíveis para proteger nossa terra e nossas águas, incluindo as ilhas Senkaku", diz o texto obtido pela Reuters. As relações sino-japonesas decaíram depois que o governo do Japão comprou, em setembro, um grupo de ilhotas disputadas pelos dois países. A situação desencadeou um novo problema para Noda, já encarregado de conduzir a recuperação após o forte terremoto e o tsunami, bem como o desastre nuclear de Fukushima, que assolaram o país no ano passado. As ilhotas rochosas, desabitadas, chamadas de Senkaku no Japão e Diaoyu na China, estão localizadas perto de áreas ricas em pesca e de reservas de gás e petróleo potencialmente grandes. Quanto à política energética do PDJ, o documento diz: "Vamos empregar todos os recursos disponíveis para que seja possível zerar o número de reatores nucleares em operação na década de 2030". Em contrapartida, o oposicionista PLD defende que haja mais debate antes de se estabelecer uma nova política de energia nuclear para o Japão, que depende fortemente da importação para atender à sua demanda energética. O documento do partido governista também repete metas atuais para pôr fim à deflação até o ano fiscal que se iniciará em abril de 2014 e alcançar crescimento econômico nominal de 3 por cento ao ano em média até a década de 2020. O texto também reitera que o governo do PDJ dará passos decisivos contra a excessiva apreciação do iene, para evitar que a economia japonesa, dependente de exportações, seja afetada. (Reportagem de Shinji Kitamura, Texto de Kiyoshi Takenaka, Linda Sieg; Edição de Ron Popeski)

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