09 de janeiro de 2013 | 17h52
O al-Nour foi abalado, contudo, por uma disputa entre os radicais políticos e religiosos. Analistas políticos dizem que a disputa interna poderá custar votos aos salafistas na próxima eleição parlamentar. O dentista Makhyoun é considerado o líder da ala religiosa, que derrotou os radicais políticos na disputa interna. O presidente do Egito, Mohammed Morsi, deverá marcar a data das próximas eleições parlamentares no final de fevereiro. No ano passado, o al-Nour capturou cerca de 25% das 270 cadeiras da Câmara Baixa do Parlamento, a Shura. A Câmara Baixa foi dissolvida pela suprema corte.
Makhoyun fez parte da Assembleia Constituinte do Egito, que redigiu a conservadora Constituição do país, aprovada recentemente em um referendo cujo resultado foi contestado pelos seculares, cristãos e mulheres. Apenas 33% dos eleitores participaram do referendo.
Os islamitas afirmam que a entrada em vigor da Constituição é apenas o primeiro passo para islamizar totalmente a sociedade egípcia. "Queremos libertar o Egito da escravidão e da submissão", disse hoje Makhyoun. Ele tentou acalmar os cristãos e as mulheres, ao dizer que a lei islâmica, a Sharia, "libertará até mesmo as mulheres ocidentais da moral decadente do Ocidente".
As informações são da Associated Press.
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