Partidos assinam acordo para coalizão em Portugal

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Por GABRIEL BUENO
Atualização:

O Partido Social Democrata (PSD) e o Centro Democrático Social (CDS) assinaram hoje um acordo para formar o próximo governo de coalizão em Portugal. As duas siglas se comprometeram a restaurar a confiança dos mercados financeiros e formar um governo estável nos próximos quatro anos."Hoje, nós começamos um novo ciclo", afirmou o primeiro-ministro designado e líder do PSD, Pedro Passos Coelho, após firmar o pacto com Paulo Portas, líder do conservador CDS, um partido de menor tamanho. Passos Coelho disse que o novo governo representará "uma maioria para Portugal, um governo estável para os próximos quatro anos".Segundo o novo primeiro-ministro, a meta é restaurar a confiança não apenas para Portugal, mas também para os mercados financeiros. Ele lembrou que isso é fundamental, pois Portugal terá de retornar aos mercados em até dois anos para cobrir suas necessidades de financiamento.Passos Coelho não deu mais detalhes sobre o programa de governo, dizendo que ele será anunciado quando o governo se formar. O político, de 46 anos, foi designado primeiro-ministro ontem, após garantir o maior número de votos na última eleição geral portuguesa. Deve agora entregar nos próximos dias ao presidente Aníbal Cavaco Silva uma lista de ministros que formarão seu gabinete.O PSD obteve 38,6% dos votos nas eleições de 5 de junho, porém não conseguiu uma maioria para governar sozinho. Escolheu se aliar ao CDS, para criar uma maioria estável a fim de aprovar novas leis no Parlamento. Juntas, as duas siglas têm 129 dos 230 votos no Legislativo.O governo de Passos Coelho terá de implementar reformas estruturais e medidas de austeridade previstas no pacote de 78 bilhões de euros assinado entre os três principais partidos de Portugal com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI). O acordo prevê reformas abrangentes no mercado trabalhista, nas regulações dos setores de energia e telecomunicações, bem como privatizações, para melhorar uma economia que analistas consideram excessivamente rígida e pouco competitiva. As informações são da Dow Jones.

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