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Partidos e ativistas egípcios pedem a saída da Junta Militar no Cairo

Manifestações na Praça Tahrir exigiram maior rapidez na transferência do poder

Por Efe
Atualização:

CAIRO - Forças políticas e grupos de ativistas egípcios realizam manifestações nesta sexta-feira, 4, na Praça Tahrir e nas cercanias do Ministério da Defesa, no Cairo, para pedir uma maior rapidez na transferência do poder, apesar de a Junta Militar ter advertido que não toleraria protestos junto a sua sede.Veja também:linkNa véspera das eleições, 20 pessoas morrem em confrontos no CairolinkESPECIAL: Primavera ÁrabeO protesto é liderado pelos islamitas da Irmandade Muçulmana e contará com a presença da maioria das forças políticas egípcias, incluídos os movimentos revolucionários juvenis, os liberais e os salafistas.Essa nova manifestação acontece após uma semana de enfrentamentos esporádicos junto ao Ministério da Defesa entre violentos agitadores - os "baltaguiya" - e manifestantes contrários ao Governo militar, o que deixou nove mortos e 168 feridos.Os protestos foram iniciados por seguidores do xeque salafista Hazem Abu Ismail, excluído da corrida presidencial pela Comissão Eleitoral.Ayman Dariuish, um dos seguidores desse líder, assegurou à Agência Efe que o apoio a Abu Ismail já é secundário e neste momento a prioridade é exercer pressão pela imediata transferência de poder a uma autoridade civil.Uma parte dos grupos que se manifestarão hoje, como o Movimento de 6 de abril e os seguidores de Abu Ismail, se concentrará na Praça de Abassiya, próxima à sede do Ministério da Defesa, o que fez a cúpula militar subir o tom com relação aos manifestantes.Ontem, o general Mojtar al Mula, membro da Junta Militar, advertiu aos manifestantes que não se aproximassem do Ministério da Defesa, uma vez que o dever nacional obriga o Exército a defender essa sede e todos os edifícios das Forças Armadas. Essa situação de incerteza na transição egípcia acontece a menos de três semanas do primeiro turno (dias 23 e 24 de maio) do pleito presidencial, o primeiro desde a renúncia de Hosni Mubarak. 

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