
10 de abril de 2017 | 19h18
NOVA YORK - Um médico que tentava voltar para casa para ver seus pacientes foi arrastado pelas mãos de um voo lotado da United Airlines, de acordo com as redes sociais, levando a companhia ao seu segundo pesadelo de relações públicas em menos de um mês.
O funcionário de segurança da aviação que arrastou o passageiro foi colocado sob licença. De acordo com um comunicado do Departamento de Aviação de Chicago, ele não seguiu o protocolo e por isso foi afastado, aguardando uma revisão completa da situação.
A companhia aérea foi um dos assuntos mais comentados no Twitter, à medida que usuários usaram a rede social para expressar o descontentamento pela remoção forçada do passageiro do voo 3411 da United, que seguia no domingo de Chicago para Louisville, Kentucky.
Vídeo do incidente publicado pela conta @Tyler_Bridges mostra três seguranças cercando o passageiro sentado, que parece ser um asiático mais velho, antes de arrastarem o homem pelo chão.
@united @FoxNews @CNN not a good way to treat a Doctor trying to get to work because they overbooked pic.twitter.com/sj9oHk94Ik — Tyler Bridges (@Tyler_Bridges) 9 de abril de 2017
A companhia aérea disse ter pedido para voluntários deixarem o voo porque uma tripulação adicional precisava seguir para Louisville.
“Este é um evento triste para todos nós aqui na United”, disse o CEO, Oscar Munoz, em comunicado. “Sinto muito por ter de reacomodar estes clientes”.
Munoz disse que a United está “se movendo com um senso de urgência” para trabalhar com as autoridades e conduzir sua própria revisão do incidente.
No vídeo publicado por Bridges, uma mulher pergunta: “Eles não podem alugar um carro para os pilotos e fazerem eles dirigirem?”, dois homens uniformizados então chegam ao assento do médico e o retiram da cadeira.
O passageiro grita ao ser arrastado de costas pelas mãos, com seus óculos tortos e a camisa mostrando a barriga.
Outro vídeo mostra o homem, ainda despenteado após o incidente, voltando à cabine, correndo para o fim do avião e repetindo: “eu tenho de ir para casa”. / REUTERS
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