29 de dezembro de 2010 | 08h52
No Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, a médica Ana Paula Carvalho, de 43 anos, apressava-se para não perder a conexão para Curitiba. Ela e a família estavam no voo 951, da American Airlines, que decolou de Nova York com três horas e meia de atraso e desembarcou às 13h20 em Guarulhos. "Nosso voo sairia no domingo. Entramos no site e não falava que estava cancelado. Dormimos no aeroporto, no chão do corredor. Não tinha maca para todo mundo. Até conseguimos hotel, mas não tinha quem nos levasse. Estávamos ilhados e do lado de fora a neve batia no joelho", conta a médica.
Para chegar ao aeroporto, eles conseguiram uma van que andava a 15km/h e tinha de desviar das filas de carros parados ou batidos na estrada por causa da neve. "O motorista não enxergava nada, o para-brisa estava cheio de neve."
A enfermeira Eliana Lieders, de 49 anos, teve mais sorte. No domingo, antes de ir para o aeroporto, ela recebeu mensagem no celular e no e-mail avisando sobre o cancelamento. "Mas tive de ficar quatro horas no telefone para conseguir remarcar o voo para segunda-feira."
A estudante americana Katherine Simon, de 22 anos, também deveria ter vindo no domingo. "A cidade está uma bagunça. O trem para o aeroporto não funcionava, havia poucos táxis e os serviços de car service não tinham vaga, pois a maioria dos motoristas decidiu trabalhar por conta para ganhar mais. Meu pai foi para a rua procurar um desses e conseguiu", conta Khaterine, que passará férias no Brasil pela primeira vez. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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