PUBLICIDADE

Pastrana vai aos EUA pedir mais ajuda contra guerrilha

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente colombiano, Andrés Pastrana, se reunirá com o presidente George W. Bush na Casa Branca em 18 de abril, informou a sede da Presidência nesta quarta-feira. Pastrana, embora tenha contado com o persistente apoio americano em sua campanha contra as guerrilhas e o narcotráfico, irá para a entrevista como um presidente em crise, com baixos níveis de popularidade e um partido político praticamente em debandada. Deverá deixar o cargo em agosto. Pastrana recebeu dos EUA mais de US$ 2 bilhões em ajuda para seu Plano Colômbia, uma iniciativa de médio prazo que, segundo seu mentor, iria acabar com a guerrilha e o narcotráfico e promover o desenvolvimento rural. Mas seu empenho na busca negociada da paz terminou em fevereiro passado, quando ordenou uma ação militar aberta contra a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). E seus esforços para reduzir o narcotráfico e promover o desenvolvimento na área de produção de insumos também não deu resultados. A Colômbia é atualmente, segundo o Departamento de Estado, o país de maior produção de folha de coca da zona andina. A Casa Branca anunciou a visita da próxima semana em momentos em que a guerrilha executa sabotagens contra a infra-estrutura vital da Colômbia e ações terroristas em várias cidades importantes. Não deu detalhes sobre a agenda do encontro, mas se presume que Pastrana renovará seu pedido de maior participação dos EUA na luta contra a subversão. A ajuda militar e econômica esteve até agora centrada no narcotráfico. Bush manifestou sua disposição de expandir seu apoio ao campo da inteligência, mas disse que em outras áreas se submeterá ao que foi disposto até agora pelo Congresso americano. Esta será a segunda visita de Pastrana a Washington em cinco meses. Ele esteve na capital dos EUA em novembro, quando Washington delineava com vigor sua campanha contra o terrorismo internacional - mas Pastrana não conseguiu obter novos compromissos sobre um novo tipo de ajuda à Colômbia.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.