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Paz pode vir em dois anos, diz vice-ministro israelense

Ephraim Sneh propôs uma discussão de seis meses dos princípios antes de avançar sobre os detalhes do estabelecimento do Estado palestino

Por Agencia Estado
Atualização:

Israel e os palestinos poderiam chegar a um acordo de paz definitivo em um prazo de dois anos a partir da retomada das negociações, disse na quinta-feira o vice-ministro israelense da Defesa, Ephraim Sneh. "Acredito, acredito fortemente, que é a hora certa de uma negociação direta israelo-palestina sobre o acordo do status final", disse Sneh em uma conferência sobre o papel dos EUA e de outras partes no paralisado processo de paz. "Dois anos são suficientes para concluir um acordo detalhado", disse ele, propondo uma discussão de seis meses dos princípios antes de avançar para os detalhes finais sobre o estabelecimento do Estado palestino. "No governo de Israel, há uma maioria a favor disso. Temos uma oportunidade, mas não sei quanto vai durar. Então temos de fazer isso com muitíssima rapidez", afirmou. A secretária norte-americana de Estado, Condoleezza Rice, que visitou Israel e os territórios palestinos na semana passada, pretende realizar uma cúpula no começo de fevereiro com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, e o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, a fim de retomar o processo de paz. Além disso, ela afirmou nesta quinta-feira que o chamado "quarteto" de negociadores do Oriente Médio - que inclui EUA, União Européia (UE), Organização das Nações Unidas (ONU) e Rússia - irá provavelmente se encontrar em Washington no dia 2 de fevereiro. Os EUA tentam reforçar política e militarmente a posição de Abbas em sua disputa interna de poder contra o grupo islâmico Hamas, que atualmente controla o governo. Sem acordo com o Hamas para a formação de um governo palestino de união nacional, Abbas decidiu convocar eleições antecipadas. Washington espera que sua facção Fatah vença caso o presidente consiga convencer os palestinos de que eles podem obter um Estado por meio de negociações, e não pela destruição de Israel, como prega o estatuto do Hamas.

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