24 de maio de 2011 | 01h57
RIO DE JANEIRO - A Petrobrás afirmou na segunda-feira, 23, que irá esperar até agosto para que a estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA) adote uma postura definitiva sobre sua participação na refinaria binacional que as duas empresas decidiram construir em Pernambuco.
A Petrobrás começou as obras da refinaria Abreu e Lima sem que a PDVSA tenha feito até agora a colaboração financeira que a compete.
O diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, afirmou que o empréstimo de R$ 9,89 bilhões para realizar a obra, tomado junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) se esgota em agosto.
"Até agosto é a data que a PDVSA tem para assumir parte da dívida que já foi contraída junto ao BNDES, de 40% dos quase R$ 10 bilhões. E a partir de agosto tem que fazer os aportes necessários. Se ela fizer, será sócia. Se ela não fizer...", afirmou Costa.
O brasileiro disse que atualmente 35% das obras da refinaria já estão concluídas. A companhia mantém a expectativa de iniciar as operações dessa unidade em 2013.
Costa anunciou que a Petrobrás deve investir US$ 350 milhões em um terminal flutuante de armazenamento para, a partir de 2013, extrair parte da produção das reservas das jazidas do pré-sal, descobertas no fundo do Oceano Atlântico.
A unidade, localizada a 90 quilômetros do litoral entre os estados de Rio de Janeiro e São Paulo, disponibilizará uma embarcação flutuante de armazenamento e descarga (FSO) que ficará ancorada de forma permanente e terá capacidade para alocar entre dois e três milhões de barris de petróleo.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.