Com o turismo em baixa em virtude do fraco histórico em direitos humanos e com a imagem afetada pelo assassinado do jornalista Jamal Khashoggi, a Arábia Saudita amenizou algumas de suas regras para receber turistas no país. A partir de agora, casais que não são oficialmente casados poderão compartilhar quartos durante as férias no país.
Até então, eles tinham que apresentar provas de que eram casados antes de serem autorizados a dividir um quarto. Os casais sauditas terão que continuar provando o casamento, mas as regras foram flexibilizadas para visitantes internacionais.
As mulheres estrangeiras que viajam sozinhas também poderão reservar quartos pela primeira vez, mas ainda terão que se vestir de maneira modesta, de acordo com as novas regras de visto.
Anteriormente, as visitantes internacionais com menos de 45 anos que seguiam ao Hajj, peregrinação à cidade de Meca que todo muçulmano deve fazer pelo menos uma vez na vida, precisavam estar acompanhadas por um homem - geralmente um parente próximo - conhecido como "mahram".
"A Comissão Saudita de Turismo e Patrimônio Nacional aprovou recentemente a nova regulamentação de acomodação turística”, informou um porta-voz à CNN.
No fim de setembro, o governo da Arábia Saudita anunciou, pela primeira vez, o lançamento de um novo programa para desenvolvimento do turismo de massa. O país espera atrair cerca de 100 milhões de visitantes por ano (internacionais e doméstico) até 2030, com o turismo contribuindo com até 10% do PIB.
De acordo com informações da CNN, o reino árabe está investindo bilhões na construção de novos resorts e parques temáticos, além de divulgar seus tesouros arqueológicos.
Atualmente, mais de dois milhões de visitantes muçulmanos fazem a peregrinação anual ao Hajj. Sob as novas regras, os muçulmanos em visita ao país poderão fazer o Umrah, uma peregrinação a Mecca que pode ser feita em qualquer momento no ano, com um visto de turista, mas eles ainda precisarão de um visto específico para o Hajj.