Pela primeira vez desde o início da pandemia, Espanha não registra mortes por coronavírus

País foi um dos mais atingidos na Europa; isolamento começa a ser afrouxado

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Por Redação
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A Espanha não registrou novas mortes por coronavírus nas últimas 24 horas, pela primeira vez desde que começou a contabilizar óbitos no início de março, anunciou nesta segunda-feira, 1, um porta-voz de saúde do governo.

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"Hoje não recebemos dados de óbitos de ontem, o que ém algo muito, muito favorável", indicou em coletiva de imprensa Fernando Simón, diretor do centro de emergências do Ministério da Saúde.

A Espanha relatava novos mortos todos os dias desde que detectou sua primeira morte por  covid-19 em 3 de março, um homem que na realidade havia morrido em 13 de fevereiro mas teve a doença detectada com um exame retrospectivo.

Pessoas frequentam praia em Barcelona no domingo, 30 de maio; Espanha começa a relaxar regras de confinamento Foto: Pau Barrena/AFP

O país, um dos mais atingidos pela pandemia, possui 27.127 mortos e 239.638 casos notificados, segundo o balanço do Ministério da Saúde desta segunda-feira.

Simón afirmou que a Espanha passou "a ter uma detecção dos casos muito boa", alegando que leva 48 horas desde o momento em que uma pessoa apresenta os sintomas até o diagnóstico da doença.

"Isso nos dá uma oportunidade muito importante na hora de detectar os novos casos e possíveis surtos", disse Simón.

A Espanha realizou mais de 4 milhões de testes de diagnóstico da covid-19, incluindo testes virológicos de PCR e testes rápidos, dos quais mais de meio milhão foram feitos na última semana, de acordo com o Ministério da Saúde.

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De qualquer forma, Simón pediu "cuidado" para evitar rebotes, alertando contra grandes reuniões que ainda não são permitidas, como uma festa que reuniu milhares de jovens no sábado à noite na cidade de Tomelloso, Castilla-La Mancha (centro).

Depois de controlar a epidemia, a Espanha começou há algumas semanas a levantar o confinamento de sua população, em vigor desde 14 de março, em um processo gradual que o governo espera que seja concluído até 1 de julho. /AFP

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