29 de janeiro de 2013 | 18h58
O governo não havia feito comentários sobre o episódio, que não pôde ser verificado de forma independente. As tentativas de entrar em contado com moradores e ativistas de Alepo não surtiram efeito.
Testemunhos obtidos pelo Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, grupo sediado em Londres, assim como fotografias e imagens colocadas na internet parecem confirmar os assassinatos, mas há poucos detalhes sobre a identidade das vítimas, quem foi responsável pelas mortes ou as circunstâncias em que elas ocorreram.
"O que sabemos: pelo menos 65 homens foram sumariamente executados, alguns com disparos na cabeça", disse o fundador e diretor do Observatório, Osama Sleiman, também conhecido pelo pseudônimo Rami Abdel-Rahman. "Este é um crime e um massacre pelo qual a comunidade internacional tem responsabilidade, porque está fazendo pouco para conseguir uma transição democrática na Síria."
A maioria dos corpos mostrado nas imagens estava coberto de lama e parecia ter ferimentos recentes, resultantes de disparos, na cabeça. Alguns tinham as mãos amarradas para trás. Outras imagens mostram os corpos empilhados na traseira de uma picape e no interior de caminhões refrigerados. Imagens diferentes mostram os corpos, dentre os quais o de um adolescente, alinhados no chão para serem identificados.
De acordo com o Observatório, 17 corpos foram identificados. Os Comitês de Coordenação Locais, uma rede de ativistas que atua no território sírio, diz que 80 corpos foram encontrados no local. Adam Omar, nascido em Alepo e ativista contrário ao regime que atualmente vive no Reino Unido, disse que a maior parte dos mortos eram prisioneiros das forças do governo.
A região onde os corpos foram encontrados está na linha que separa o setor leste de Alepo, controlado pelos rebeldes, do oeste da cidade, que em sua maioria permanece sob o comando das forças do regime e é dominado por moradores leais ao governo. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.
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