Pelosi diz ter "esperança" em conversas com presidente sírio

Departamento de Estado teria pautado Pelosi em viagem ao Oriente Médio

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Por Agencia Estado
Atualização:

A presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, disse nesta segunda-feira, 2, não ter "ilusões e sim grande esperança" em suas conversas com o presidente sírio, Bashar al-Assad, nesta semana, que serão focadas na luta contra o terrorismo. Pelosi, em sua breve visita ao Líbano, disse ser "uma excelente idéia" para ela e sua delegação visitarem a Síria, embora a Casa Branca tenha criticado a viagem. "Quando chegarmos lá falaremos sobre a luta contra o terrorismo e o papel que a Síria pode ter para ajudar ou obstruir", disse Pelosi a repórteres após conversas com o líder da maioria libanês, Saad al-Hariri. "Achamos que é uma boa idéia fixar os fatos, para esperançosamente construir alguma confiança entre nós", disse ela. "Não temos ilusões e sim grande esperança". A Casa Branca condenou os planos de Pelosi de visitar a Síria e se encontrar com Assad, o qual os EUA acusam de ajudar a desestabilizar a região. Os EUA não tem boas relações com a Síria, acusando-a de interferir no Iraque e no Líbano, e a responsabilizando por atos terroristas, que Damasco nega. Washington acusou o país de não fazer o possível para impedir militantes de atravessarem a fronteira Síria-Iraque para se juntarem a insurgência iraquiana. ´Briefing´ republicano Nesta segunda-feira, o Departamento de Estado afirmou que a administração Bush pautou Pelosi para sua viagem enquanto publicamente a criticaram pela decisão. Sean McCormack, porta-voz do Departamento, disse que o "briefing" não representava um apoio à visita e negava que ela carregasse qualquer mensagem do governo Bush. "Nada indica que a viagem foi encorajada pelo governo", disse McCormack. Pelosi, que está liderando uma delegação do Congresso em turnê no Oriente Médio, disse que deveria falar na Síria sobre o Iraque, sobre o papel do país contra o terrorismo, o apoio para grupos militantes como o Hezbollah e o Hamas, cujos líderes vivem em Damasco.

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