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Pentágono: EUA irão impor "penalidades" caso Coréia lance míssil

Preocupação sobre o possível lançamento de míssil norte-coreano cresce e o governo americano discute estratégias para lidar com a ameaça de Pyongyang

Por Agencia Estado
Atualização:

Um funcionário de alto escalão do Pentágono declarou nesta quinta-feira que o lançamento de um míssil norte-coreano seria uma "provocação e uma ação perigosa" que levaria os Estados Unidos a impor penalidades à Coréia do Norte. O secretário assistente de Defesa e Política de Segurança Internacional, Peter Rodman, afirmou durante uma audiência do Comitê de Forças Armadas do Senado que não sabia se o lançamento iria ocorrer, mas disse que haverá uma reação. "Se tal lançamento ocorrer iremos impor algumas penalidades à Coréia do Norte. Esta é a resposta mínima que vocês podem esperar de nós", declarou Rodman aos legisladores. O diretor assistente de inteligência do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, coronel Robert Carr, disse ao legisladores que as "preparações continuam para um possível lançamento". Ele se negou a fornecer mais informações, declarando aos legisladores que os inteirará do assunto em uma sessão privada. A preocupação sobre o possível lançamento de um míssil norte-coreano cresceu depois de relatórios sobre atividades no local de lançamento do país, na costa nordeste. Funcionários do governo americano afirmam que o míssil Taepodong-2 é capaz de alcançar partes dos Estados Unidos e que possivelmente está sendo abastecido. Na quinta-feira, o ministro de defesa da Coréia do Sul, Yoon Kwang-ung, disse que Seul acredita que o lançamento do míssil norte-coreano não é iminente. Rodman afirmou que "é difícil prever quando eles planejam fazê-lo (o lançamento). Acho que estão em posição de agir rapidamente", acrescentou. Ataque preventivo O secretário também falou sobre a sugestão de dois ex-funcionários do Departamento de Defesa de que os Estados Unidos lancem um ataque preventivo contra o míssil da Coréia do Norte. Ele afirmou que tal ataque seria "um evento drástico", mas que deve ser considerado. "Possuímos mísseis de defesa, e a Coréia do Norte estava em nossa mente quando desenvolvemos esta potencialidade". O ex-secretário de Defesa William Perry e o ex-secretário assistente de Defesa Ashton Carter escreveram em um artigo, publicado na quinta-feira no Washington Post, que os Estados Unidos devem deixar clara sua intenção de "atacar e destruir" o míssil de longo alcance norte-coreano caso o país insista com os preparativos para o lançamento. "Isto pode ser feito, por exemplo, com um míssil de cruzeiro, lançado de um submarino, carregando uma ogiva altamente explosiva", afirmaram. "Alegam que o ataque que recomendamos traz riscos. Mas o risco de continuarmos sem ação diante da corrida da Coréia do Norte para ameaçar nosso país é bem maior, declararam Perry e Carter. Os dois trabalharam durante a administração do presidente Bill Clinton.

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