
01 de julho de 2017 | 04h12
WASHINGTON - O Pentágono anunciou na sexta-feira, 30, o adiamento por seis meses, até janeiro de 2018, o início do recrutamento de transexuais nas Forças Armadas dos Estados Unidos, informou em um comunicado uma porta-voz do Pentágono, Dana W. White.
Durante o período, serão revistos os planos de adesão dos transexuais e o possível "impacto" na preparação no "poder letal" das Forças Armadas.
Ser transgênero é um fato da natureza
A decisão do secretário de Defesa James Mattis foi tomada poucas horas antes da data limite, 1º de julho de 2017, estipulada pelo governo do ex-presidente Barack Obama (2009-2017) para iniciar o recrutamento de transexuais para as tropas.
O adiamento anunciado hoje não afeta os transexuais que já estão servindo.
Em junho de 2016, o então secretário de Defesa Ashton Carter anunciou em uma coletiva de imprensa no Pentágono que as Forças Armadas estavam abertas, "com efeito imediato", aos transexuais.
"A realidade é que temos transexuais servindo hoje em dia. Os americanos querem ajudar e a profissão deve estar aberta a todos. Devemos ter acesso a 100% da população", argumentou o então chefe do Pentágono.
Alguns meses antes da coletiva de Carter, o Departamento de Defesa tinha anunciado a decisão de abrir todas as posições de combate para as mulheres, inclusive nos grupos de elite e entre os fuzileiros navais, unidades das quais estavam excluídas até então.
O primeiro passo para o fim da discriminação por orientação sexual nas Forças Armadas dos EUA ocorreu em setembro de 2011, quando o Congresso revogou uma política implementada no governo do democrata Bill Clinton (1993-2001) que proibia o alistamento de indivíduos que "demonstrassem propensão e intenção de praticar atos homossexuais". / AFP
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