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Pentágono se recusa a retirar militares de porta-aviões com foco de coronavírus

Com 4 mil tripulantes, navio americano Theodore Roosevelt já registra 100 casos confirmados

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Por Redação
Atualização:

WASHINGTON - O Pentágono não autorizou a retirada de militares do porta-aviões americano Theodore Roosevelt, afetado por um surto do novo coronavírus, conforme solicitado por seu comandante em uma carta dramática. 

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"Acho que não chegamos a esse ponto", disse o secretário de Defesa, Mark Esper, consultado pela CBS sobre a eventual evacuação da embarcação, atualmente ancorada na ilha de Guam, na Micronésia, no Pacífico, cerca de 2.000 km ao leste das Filipinas . 

O capitão Brett Crozier informou numa carta de quatro páginas que eles foram incapazes de conter o surto da covid-19 entre seus 4 mil tripulantes, descrevendo uma situação séria a bordo do enorme navio. 

"Não estamos em guerra. Os marinheiros não precisam morrer", escreveu Crozier, segundo o San Francisco Chronicle. 

"A propagação da doença está em andamento e acelerando", continuou, referindo-se às "limitações de espaço próprio" do navio. 

Ele então pediu para colocar em quarentena quase toda a tripulação nas instalações de Guam, garantindo que seria um "risco desnecessário" se todos permanecerem a bordo. 

Mas o chefe do Pentágono não compartilhou essa opinião, dizendo que "muitos equipamentos e assistência estão sendo enviados ao porta-aviões em Guam", além de "reforços do pessoal médico e tenho o prazer de informar que nenhum deles está gravemente doente". 

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O jornal informou que mais de 100 casos da covid-19 foram confirmados entre a tripulação. 

"Se não agirmos agora, deixaremos de cuidar adequadamente de nossos recursos mais preciosos, nossos marinheiros", implorou Crozier. /AFP

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