Pequim amplia fornecedores no Golfo Pérsico

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A China reduziu a mais da metade suas importações de petróleo do Irã em janeiro e nos contratos para fevereiro, mas o movimento parece motivado mais por questões comerciais do que por um eventual apoio às sanções impostas pelos EUA. De qualquer maneira, Pequim começou a cultivar fornecedores do Golfo Pérsico, em especial a Arábia Saudita, que no ano passado foi a origem de 20% do petróleo importado pela China, quase o dobro dos 11% vendidos pelo Irã. O primeiro-ministro Wen Jiabao realizou neste mês a primeira visita em 21 anos de um premiê chinês à Arábia Saudita e também esteve nos Emirados Árabes Unidos e Catar. Minxin Pei, do Claremont McKenna College, da Califórnia, acredita que a China está numa encruzilhada entre seus interesses econômicos, a busca de estabilidade no Oriente Médio e o relacionamento com os EUA. "Dada a crescente pressão dentro de Israel para o lançamento de um ataque preventivo contra as instalações nucleares do Irã, adotar sanções que podem realmente afetar Teerã pode ser a única opção para evitar um desastre muito pior: uma guerra no Golfo Pérsico", disse Pei. / C. T.

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