
26 de fevereiro de 2009 | 10h07
A China criticou duramente nesta quinta-feira, 26, a casa de leilões Christie's por ter vendido duas esculturas imperiais chinesas saqueadas no passado e prometeu empenhar-se para recuperar essas e outras relíquias roubadas pertencentes a seu patrimônio histórico. A Agência de Patrimônio Cultural da China advertiu que a venda, na quarta-feira, das duas esculturas de bronze do século 18 em um leilão de obras de arte antes pertencentes ao falecido estilista Yves Saint Laurent atrapalharia os interesses da Christie's no país. Veja também: Leilão do século arrecada R$ 1 bi, sem vender Picasso A China tentou durante semanas evitar o leilão dessas duas peças, uma cabeça de coelho e outra de rato, que foram roubadas durante a destruição e saque do Antigo Palácio de Verão de Pequim, em 1860. As peças em questão foram arrematadas por US$ 35 milhões durante o leilão realizado em Paris na quarta-feira. A identidade do comprador, ou compradores, não foi revelada. O leilão "vai contra o espírito de relevantes convenções internacionais e contra o entendimento internacional comum de que relíquias culturais devem ser devolvidas a seu país de origem", denunciou em nota a agência chinesa. Aparentemente, o leilão das duas peças de bronze não violou nenhuma lei internacional, mas a China argumenta que as relíquias fazem parte de seu patrimônio cultural e devem ser devolvidas. Em reação, a Agência de Patrimônio Cultural ordenou inspeções mais minuciosas de todas as relíquias culturais que a Christie's tentar levar para dentro ou para fora da China. A casa de leilões lamentou a represália chinesa e alegou que a propriedade legal das obras de arte foi "claramente confirmada".
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