Pequim faz alerta após 40 casos de meningite causada por marisco

Doentes teriam comido um prato à base de caracóis amazônicos infectados com larvas de um parasita procedente dos roedores

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Por Agencia Estado
Atualização:

As autoridades sanitárias de Pequim advertiram contra a ingestão de mariscos crus ou com pouco cozimento, depois de pelo menos 40 pessoas contraírem meningite após comerem caracóis aquáticos que não estavam bem cozidos, informa nesta segunda-feira a imprensa chinesa. Dezoito dos doentes permanecem hospitalizados, cinco deles em estado muito grave, segundo a página de internet do Escritório Municipal de Saúde. Em nota urgente, o departamento solicitou o aumento dos controles de todos os produtos aquáticos, assim como a inspeção em supermercados, shoppings e restaurantes. Além disso, o Escritório de Saúde da capital chinesa aconselha os moradores de Pequim a não comerem gambás, moluscos, rãs, lesmas, serpentes, caranguejos e pescados crus ou pouco cozidos, jeito habitual de preparar o marisco na China. Segundo nota divulgada, os doentes comeram um prato picante à base de caracóis amazônicos infectados com larvas de "Angiostrongylus cantonensis", um parasita procedente dos roedores e que transmite a meningite mediante o consumo de moluscos sem cozimento. As larvas invadem o sistema nervoso central e causam um tipo de meningite chamada "meningoencefalitis eosinofílica", que ainda não havia sido registrada na capital chinesa, mas teria aparecido em outras províncias do sul do país, diz o jornal "China Daily". O caracol amazônico, muito apreciado na China, chegou ao país asiático na década de 80 e em seguida se tornou muito popular, afirma a agência estatal "Xinhua". As intoxicações alimentícias não são um fenômeno estranho no país asiático, onde as condições higiênicas de muitos restaurantes e refeitórios não correspondem aos padrões encontrados em outros países.

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