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Peregrinos em Meca são dois milhões e meio, dizem Sauditas

Peregrinos devem começar agora o retorno a seus países de origem

Por Agencia Estado
Atualização:

As autoridades sauditas calcularam neste sábado, 30, em quase dois milhões e meio o número de fiéis que este ano cumpriram os ritos da peregrinação à cidade de Meca, um dos cinco pilares do Islã. O Ministério de Economia e Planejamento saudita assegurou que, este ano, foram a Meca 2.378.236 peregrinos, que hoje, com o sacrifício de cordeiros, vacas ou camelos, puseram fim à peregrinação, segundo a agência de notícias saudita, a "SPA". Após a oração da alvorada, os peregrinos se puseram a caminho da localidade de Mina, de onde saíram no dia anterior rumo ao Monte Arafat. No trajeto, atravessando a planície de Mina, a massa de fiéis, aos gritos de "Allahu Akbar" (Alá é Grande), apedrejou três colunas que representam as três tentações do diabo. Segundo a tradição islâmica, o diabo apareceu para Abraão quando o patriarca levava seu filho Isaac para o sacrifício, como Deus lhe havia ordenado, e, em três ocasiões, tentou persuadi-lo a não matar o menino. Ao confirmar a obediência de Abraão, Deus lhe ordenou que não fizesse mal a seu filho e, em vez disso, sacrificasse um cordeiro. Os peregrinos atiraram contra cada coluna sete pedras que recolheram ontem em Muzdalifah depois de passar o dia inteiro rezando e meditando no Monte Arafat, onde Maomé fez seu discurso de despedida. Depois, muitos compraram cordeiros ou outros animais para sacrificá-los, como acontece hoje em todas as cidades de todos os países onde vivem muçulmanos. Com este sacrifício começa o Eid al-Adha, festividade muçulmana que marca o final da peregrinação. Caaba Uma vez terminados todos estes rituais, os quase dois milhões e meio de fiéis voltaram à Caaba, em Meca, edifício cúbico que abriga uma pedra negra, que os muçulmanos acreditam ser um pedaço do paraíso celestial. Ali voltam a dar as sete voltas rituais, comumente conhecidas como Safa e Marwah, as mesmas que deram antes de começar os ritos. Para concluir o Hajj, os peregrinos dão a última volta, a do adeus, e só então estão autorizados a sair do estado de ascetismo e a retomar as atividades da vida cotidiana. Começa agora o retorno de 1.654.407 peregrinos que residem fora das fronteiras sauditas a seus países de origem, segundo a "SPA". Uma vez realizada a peregrinação, os fiéis expiaram seus pecados, cumpriram um dos cinco ritos fundamentais do Islã, obrigatório para todo aquele sem impedimentos físicos ou econômicos, e passam a adotar o título honorífico de "hajj" (peregrino). Em 2006, o ritual que se rege pelo calendário lunar muçulmano, se caracterizou pelas extremas medidas de segurança adotadas pelas autoridades sauditas para evitar as catástrofes humanas que marcaram muitas peregrinações anteriores. Milhares de policiais de trânsito, agentes de segurança e a guarda nacional trabalharam, apoiados por vários helicópteros, para evitar surpresas desagradáveis. Além disso, durante os três dias de peregrinação, dezenas de ambulâncias e voluntários acompanharam os peregrinos para tentar atender às suas necessidades. A agência de notícias saudita transmitiu a satisfação das autoridades, já que este ano não houve nenhum grande acidente.

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