Os últimos peregrinos que puderam fazer a peregrinação a Meca, um dos cinco pilares do Islã, na última semana deixaram a cidade sagrada neste domingo, 2. Eles terão agora que passar por uma quarentena em suas residências como precaução contra um possível contágio da covid-19.
Devido à pandemia global, este ano o número de peregrinos foi notavelmente reduzido, de mais de dois milhões de fiéis vindos de todo o mundo em 2019 para aproximadamente mil pessoas e apenas residentes na Arábia Saudita (30% sauditas e uma 70% de outras nacionalidades).
Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, a Arábia Saudita registra 277.478 casos confirmados e 2.887 mortes pela doença.
Neste domingo, os peregrinos concluíram os rituais que começaram na quarta-feira, 29, e terminaram na sexta-feira com o Eid al-Adha, a Festa do Sacrifício, e o lançamento de pequenas pedras contra colunas que simbolizam as tentações do diabo. Todas as pedras foram esterilizadas e o ritual que costuma provocar aglomerações foi feito de forma tranquila e sem tumultos.
Desde sexta-feira, os fiéis repetem alguns dos rituais nos vários lugares sagrados de Meca e arredores e se despedem sete vezes ao redor da Kaaba, um cubo no qual é guardada uma pedra negra que os muçulmanos consideram sagrada.
A Kaaba está localizada no pátio da Grande Mesquita de Meca, onde os peregrinos iniciaram a jornada fazendo mais sete voltas e cujas instalações foram limpas e esterilizadas dez vezes por dia como medida preventiva contra o novo coronavírus. Fies também usaram máscaras e seguiram as marcações presentes no chão para distanciamento social.
Segundo as autoridades locais, mais de 3,5 mil trabalhadores realizaram as tarefas de limpeza e 54 mil litros de desinfetante foram utilizados diariamente, além de 95 máquinas e instrumentos de limpeza.
Os peregrinos foram submetidos a um exame médico antes de deixarem Meca e depois terão que se isolar em suas casas na Arábia Saudita para quarentena obrigatória. Antes do ritual, eles também tinham que permanecer isolados em hotéis em Meca e vigiados pelas autoridades para impedir qualquer surto da doença entre os participantes, cujo número exato ainda não havia sido oficialmente divulgado. / EFE