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Peres afirma que resolução da ONU é vitória de Israel

Israel mantém a ofensiva e espera a reação do Hezbollah à resolução

Por Agencia Estado
Atualização:

O vice-primeiro-ministro israelense Shimon Peres afirmou neste sábado, na rádio pública do país, que a resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU exigindo um cessar-fogo no conflito com a milícia xiita libanesa Hezbollah "é uma vitória de primeira grandeza para Israel". "O que podíamos obter da ONU, nós conseguimos", disse Peres. Ao ser perguntado se acredita no cumprimento da resolução, Peres respondeu que "não existe outro mundo, nem outra organização como a ONU, e não podemos pedir que o céu crie outra". O dirigente israelense opinou que seu país, após o começo das hostilidades o passado 12 de julho, "recebeu a máxima legitimidade". Para ele, sem a pressão militar "não teria havido nenhuma possibilidade no plano político" de um cessar-fogo. "Ao mesmo tempo, sem os esforços políticos a pressão militar não teria sentido", afirmou o veterano dirigente israelense. Na opinião de Peres, o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, "recuou e se colocou atrás do governo libanês" ao aceitar o posicionamento do Exército do Líbano e não de sua milícia na fronteira com Israel. "A sua milícia se enfraqueceu, e isso não aconteceu por causa das resoluções da ONU, mas sim graças às Forças Armadas de Israel", acrescentou Peres. O governo israelense, que mantém a sua ofensiva, espera agora a reação do Hezbollah à resolução. A resolução 1701 "justifica as operações de Israel e diz que o Hezbollah atacou primeiro; exige a devolução incondicional dos dois soldados israelenses que capturou; cria uma zona desmilitarizada no sul do Líbano e na zona de fronteira, sob controle de 15 mil soldados libaneses e 15 mil da ONU. São vitórias de primeira grandeza para Israel", segundo Peres.

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