Perfil: Evan McMullin, candidato independente nos EUA, defende reforma de sistema bipartidário

Segundo McMullin, que viveu 2 anos no Brasil, é necessário uma melhor competição de ideias na democracia dos EUA

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Por Cláudia Trevisan , SALT LAKE CITY e EUA
Atualização:

SALT LAKE CITY, EUA - Donald Trump e Hillary Clinton são políticos corruptos que colocam seus interesses acima dos do país, disse ao Estado Evan McMullin, o ex-missionário mórmon de 40 anos que disputa a presidência dos Estados Unidos como candidato independente. 

Sem chance real de chegar à Casa Branca, McMullin espera que uma eventual vitória em Utah abra um debate sobre o modelo político americano.

Candidato independente à presidência dos EUA foi agente da CIA Foto: AFP

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“Temos de abrir o sistema para que mais partidos e candidatos possam participar”, afirmou, depois de um evento de campanha em Draper, ao sul de Salt Lake City. “No momento ele é fechado para os republicanos e democratas. Nós precisamos de uma melhor competição de ideias em nossa democracia e permitir que outros também participem”, afirmou. McMullin apresenta-se como o verdadeiro conservador na disputa, em oposição a Trump, um candidato que ele descreve como um populista que ataca pessoas com base em gênero, raça e religião, algo que considera intolerável.

Depois de servir como missionário no Brasil por dois anos, McMullin formou-se em Direito Internacional e Diplomacia e foi agente da CIA, a Agência Central de Inteligência dos EUA, por uma década.

Após deixar a instituição, McMullin trabalhou no banco Goldman Sachs e foi conselheiro para segurança nacional do Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados.

“Os brasileiros são incríveis, afetuosos, camaradas e abertos. Eu adorei meu período no Brasil”, disse McMullin. O ex-missionário mencionou a feijoada, mas disse que não podia tomar chimarrão, apesar de morar no Rio Grande do Sul. A religião mórmon proíbe o consumo de álcool, café, chás e tabaco.

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