PUBLICIDADE

Permitir bases dos EUA na América Latina é traição, diz Morales

Crítica foi à Colômbia, que pode fechar acordo militar com os EUA.

Por BBC Brasil
Atualização:

O presidente boliviano, Evo Morales, sugeriu nesta sexta-feira que o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, estaria cometendo um ato de traição ao permitir que militares dos Estados Unidos operem em bases no país. "Os que querem implementar bases militares na América Latina são traidores de seu povo, traidores da América Latina", disse ele, em uma clara referência ao governo colombiano. Morales comentou notícias sobre supostas ligações existentes entre governos de esquerda da região, como os de Bolívia, Venezuela e Equador, e os guerrilheiros colombianos das Farc. Com ironia, Morales chamou estes governos de "eixo do mal", em referência a um termo usado pelo ex-presidente americano George W. Bush para definir Estados-párias como Iraque, Irã e Coreia do Norte. "Este eixo está crescendo e percebo que políticas contra ele estão sendo aplicadas na Colômbia", disse. Para o presidente boliviano, as denúncias de ligações com as Farc seriam "invenções para questionar presidentes que lutam e trabalham pela igualdade de nossos povos", disse ele. Posições Uribe terminou na quinta-feira seu giro por sete países da América do Sul em que apresentou aos colegas presidentes seu ponto-de-vista sobre o acordo militar com os Estados Unidos. Antes, o governo colombiano vinha sendo criticado por líderes da região pela suposta falta de transparência em relação ao tema. O acordo militar ainda está em fase de negociação. Segundo analistas, muitos países na região não compartilham da posição adotada por Bolívia e Venezuela, que alertaram que a presença americana na Colômbia poderia gerar um conflito militar. A Venezuela rompeu ligações diplomáticas com a Colômbia e disse que a única forma de reatá-las seria se o país desistisse do acordo militar com os Estados Unidos. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.