
25 de novembro de 2009 | 19h33
O México se absteve de comentar a situação em Honduras, enquanto os Estados unidos reforçaram o apoio às eleições. "A posição dos EUA não mudou. Estamos ajudando os hondurenhos para assegurar que as eleições sejam livres, justas e transparentes", disse o porta-voz do departamento de Estado, Ian Kelly. Ele não disse se os EUA apoiarão o resultado do sufrágio.
A posição dos EUA recebeu hoje mais críticas. "No final, o golpe venceu", disse Heather Beckman, analista de assuntos latino-americanos no think tank Eurásia Group, em Nova York (EUA). "Foi algo ruim e não deveria ter acontecido, mas no final não existia mesmo mais nada que alguém pudesse fazer".
Embora grande parte dos hondurenhos diga que irá votar para acabar com o impasse político, uma parte da população diz que votar seria legitimar o golpe. O presidente José Manuel Zelaya foi derrubado num golpe de Estado em 28 de junho e está abrigado desde setembro na Embaixada do Brasil.
Candidatos
Os dois principais candidatos - Porfírio Lobo, do Partido Nacional, e Elvin Santos, do Partido Liberal - lutaram contra a campanha de Zelaya para mudar a Constituição.
Lobo, que perdeu as eleições de 2005 para Zelaya, se beneficia das divisões entre os liberais após a queda de Zelaya. Empresário rico, Lobo fez uma campanha de conservador linha-dura em 2005, quando defendeu a pena de morte em Honduras como maneira de combater as gangues. Desta vez, ele suavizou o tom, dizendo num discurso recente: "Nós queremos investimentos estrangeiros e turistas, vamos caminhar em paz".
Os EUA reforçaram que enviarão observadores para acompanhar as eleições e garantir que o processo seja "livre e justo", disse o secretário assistente de Estado para o Hemisfério Ocidental, Arturo Valenzuela. "Esse é um processo eleitoral que está no calendário eleitoral normal, sob a Constituição de Honduras, e já estava em curso durante meses antes do golpe", disse Valenzuela. Com informações da Dow Jones.
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