Peru continuará em estado de emergência, diz ministro

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Por Agencia Estado
Atualização:

Enquanto prosseguem os protestos contra o governo do presidente Alejandro Toledo, autoridades advertiam que o estado de emergência nacional só será suspenso quando a calma retornar ao país. "Podemos suspender o estado de emergência uma vez que a ordem seja restaurada, a fim de permitir que a nação siga o caminho da democracia", anunciou na rádio CPN o ministro do Interior, Carlos Bruce. Protestos generalizados de professores, camponeses, trabalhadores do setor público e do Judiciário levaram Toledo a declarar na terça-feira um estado de emergência nacional de 30 dias. A medida tornou as Forças Armadas responsáveis pela restauração da ordem em 12 dos 24 departamentos (províncias) do Peru. A onda de protestos criou uma crise política para Toledo, que assumiu o governo em julho de 2001. Seu índice inicial de aprovação de 60% despencou para 15%, segundo uma pesquisa do instituto Apoyo, publicada hoje. Líderes regionais em Puno, 860 km a sudeste de Lima, declararam um dia de luto, depois que um universitário foi morto em choques entre manifestantes e a polícia. Cerca de 60 civis e policiais também ficaram feridos. Milhares de pessoas participaram de uma passeata até a Plaza de Armas, em Puno, exigindo que o governo termine com o estado de emergência. A manifestação foi, no geral, pacífica. David Jimenez, o governador da região de Puno, disse que policiais e soldados receberam ordens para não sair às ruas hoje, a fim de evitar novos confrontos.

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