Peru diz que fotógrafo foi seqüestrado pelo Exército do Islã

Raptado em 1º de janeiro, Jaime Rázuri deve voltar na terça-feira a Lima

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Por Agencia Estado
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O vice-chanceler peruano, Gonzalo Gutiérrez, afirmou neste domingo que o fotojornalista Jaime Rázuri foi seqüestrado pelo Exército do Islã, grupo de um poderoso clã familiar palestino liderado por Mumtaz Durmush. Em entrevista à "Rádio Programas del Perú" (RPP), Gutiérrez disse que este grupo palestino tomou como refém o fotógrafo da agência de notícias "France Press", em 1º de janeiro, em Gaza, com a intenção de trocá-lo por supostos responsáveis pela morte de dois membros do clã de Durmush. Gutiérrez disse que os seqüestradores "pensaram que Jaime poderia ser uma moeda de troca para reivindicar os assassinos, mas era muito difícil", afirmou. Na quinta-feira passada, parte da imprensa israelense informou que o chefe do escritório político do Hamas, Khaled Meshal, havia entrado em contato com Mumtaz Durmush para pedir a libertação de Rázuri. Na ocasião, segundo as mesmas fontes, Durmush respondeu que só colocaria o fotógrafo em liberdade se o Hamas entregasse 18 de seus militantes responsáveis pela morte, em dezembro, de dois milicianos do Exército do Islã. O vice-chanceler indicou que o fotógrafo peruano de 50 anos se encontra em Jerusalém junto a seus colegas da "AFP", e possivelmente volte na terça-feira a Lima. Antes, o ministro peruano de Relações Exteriores, José Antonio García Belaúnde, tinha agradecido aos "países amigos" por sua ajuda na libertação de Ráuri. Por sua parte, DeLia Rázuri, mãe do libertado, mostrou-se feliz pelo desenlace e agradeceu às autoridades peruanas por sua atuação no caso.

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