Peru estuda proibir jornalistas de divulgar grampos

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

A divulgação da gravação de uma conversa telefônica do presidente Alejandro Toledo pela televisão abriu um debate no Peru sobre a edição de leis que proíbam a publicação de conversas particulares por jornalistas. O deputado da situação Jorge Mufarech, também vítima de um grampo, apresentou projeto que prevê penas de até oito anos para quem intercepte ou divulgue conversas de terceiros. A iniciativa foi considerada uma ameaça à liberdade de imprensa. O grampo telefônico generalizou-se no Peru durante o governo de Alberto Fujimori, que fazia uso liberal do recurso. Gravações clandestinas também tiveram um papel importante na queda de Fujimori - foi um vídeo que revelou o suborno de parlamentares por Vladimiro Montesinos, principal assessor do ex-presidente. A conversa gravada de Toledo foi divulgada pelo Canal 2, no programa do jornalista César Hildebrandt, que alega que a difusão não fere a intimidade do governante e que o conteúdo da conversa era de interesse público. Nela, o presidente interpela um interlocutor sobre o clima político na cidade de Arequipa, que pretendia visitar.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.