Peru exige passaporte e fecha fronteira, mas acolhe venezuelanos com pedido de asilo
Nova política migratória entrou em vigor a zero hora deste sábado; governo diz que busca reduzir entrada de venezuelanos com documentos ilegais
PUBLICIDADE
Por Redação
Atualização:
TUMBES, Peru - O governo do Peru passou a exigir desde a zero hora deste sábado, 25, a apresentação de passaporte aos venezuelanos que desejam entrar no país. No entanto, continuou permitindo a entrada daqueles na qualidade de refugiados, na pior crise humanitária da América Latina em tempos de paz.
Nesta madrugada, os centros migratórios nas fronteiras foram fechados e senhas foram distribuídas aos imigrantes que chegaram após a vigência da nova política.
Após o início da vigência da política migratória, o Centro Binacional de Atenção Fronteiriça de Tumbes, que funcionava initerruptamente na fronteira com o Equador, foi fechado.
Horas depois, os funcionários peruanos reabriram a fronteira e permitiram o ingresso de centenas de venezuelanos sem passaporte, mas exigiram a apresentação de uma solicitação de asilo. Esse pedido permite que permaneçam legalmente no país até a solução definitiva de sua situação. Antes, qualquer venezuelano poderia atravessar a fronteira desde que apresentasse um documento de identidade válido.
Inflação: Quanto se gasta para fazer compras na Venezuela
1 / 13Inflação: Quanto se gasta para fazer compras na Venezuela
Queijo: 7,5 milhões de bolívares
O preço equivale a US$ 1,14 e foi registrado em um mini-mercado em Caracas, capital da Venezuela, em 16 de agosto. Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Pacote de absorventes: 3,5 milhões de bolívares
O preço foi registrado em um mini-mercado na vizinhança de Catia, em Caracas, e corresponde a US$ 0,53. Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Um quilo de arroz: 2,5 milhões de bolívares
O preço corresponde a US$ 0,38 e foi registrado em 16 de agosto, na capital Caracas. Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
500 g de margarina: 3 milhões de bolívares
O preço foi registrado em um mini-mercado informal na vizinhança de Catia, de baixa renda, em Caracas. O custo do produto corresponde a US$ 0,46. Foto:
1 quilo de cenouras: 3 milhões de bolívares
O custo corresponde a US$ 0,46 e foi registrado em um mercado informal em Caracas. Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
1 quilo de farinha de milho: 2,5 milhões de bolívares
O preço equivale a US$ 0,38. O registro foi feito no dia 16 de agosto, em um mercado de Catia, região de baixa renda em Caracas. Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Sabonete: 3,5 milhões de bolívares
No dia 16 de agosto, o preço foi registrado em um mini-mercado da capital venezuelana. O preço corresponde a US$ 0,53. Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Pacote de fraldas: 8 milhões de bolívares
O custo equivale a US$ 1,22 e foi registrado no dia 16 de agosto, em Caracas. Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
2,4 quilos de frango: 14,6 milhões de bolívares
O preço é o equivalente a US$ 2,22 e seu registro foi realizado no dia 16 de agosto. Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Um rolo de papel higiênico: 2,6 milhões de bolívares
O preço foi registrado em um mini-mercado informal de um bairro de baixa renda, em Caracas. O valor corresponde a US$ 0,40. Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
1 quilo de macarrão: 2,5 milhões de bolívares
O valor é equivalente a US$ 0,38 e foi registrado no dia 16 de agosto, em um mini-mercado informal. Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
1 quilo de carne vermelha: 9,5 milhões de bolívares
O preço equivale a US$ 1,45 e foi registrado em mercado informal de Caracas. Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
1 quilo de tomates: 5 milhões de bolívares
Preço é o equivalente a US$ 0,76 e foi registrado em um pequeno mercado informal no bairro de Catia, em Caracas. Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
"Não vamos sair daqui porque não temos mais ninguém para nos receber", disse Lourdes Ruiz, de 36 anos, que está viajando há um mês com destino a Lima.
Publicidade
O Equador anunciou medida semelhante, mas a política foi suspensa liminarmente pela Justiça equatoriana. Em resposta, Quito anunciou que passaria a exigir dos venezuelanos um "certificado de validade do documento de identidade emitido por um órgão internacional reconhecido pelo governo do Equador". /AFP