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Peru: pesquisa dá vitória a García no 2º turno

O ex-presidente peruano lidera as pesquisas de intenção de voto, despontando com 56% das preferências, contra 44% de Ollanta Humala

Por Agencia Estado
Atualização:

O ex-presidente Alan García lidera as pesquisas de intenção de voto para o segundo turno da eleição presidencial peruana, marcada para o dia 4 de junho. García disputa com o nacionalista Ollanta Humala, que venceu o primeiro turno. De acordo a pesquisa Datum Internacional, difundida pela emissora Radioprogramas na quinta-feira à noite, García aparece com 56% das preferências, contra 44% de Humala. A sondagem foi realizada com 1.118 eleitores entre os dias 29 de abril e 1º de maio, com margem de erro de três pontos percentuais. A pesquisa foi divulgada um dia depois que a Justiça Eleitoral confirmou a vitória de García sobre a candidata conservadora Lourdes Flores, que até a eleição parecia ter vaga certa no segundo turno. Segundo o levantamento, 16% dos eleitores cogitam votar em branco ou nulo, e outros 7% permanecem indecisos. No primeiro turno, realizado em 9 de abril, Humala foi o candidato mais votado, com 31% dos votos válidos. Depois de uma espera de três semanas, García foi confirmado em segundo lugar, com 24%. Ele superou Lourdes Flores por menos de 65 mil votos, em um universo de quase 12,3 milhões de eleitores. Os candidatos Ex-militar de orientação fortemente populista, Humala tem 43 anos e conta com o apoio dos setores mais pobres do país, insatisfeitos com as atuais políticas públicas. Ele é um admirador do ex-ditador Juan Velasco, que governou entre 1968 e 1975 e promete uma forte intervenção estatal na economia peruana, que a maioria da população considera que somente beneficia aos ricos. Alan García, de 56 anos, foi presidente entre 1985 e 1990 e seu governo foi marcado por hiperinflação, escassez de alimentos e violência guerrilheira. Ele promete manter as políticas de livre mercado que têm garantido um crescimento médio de 5,5% nos últimos quatro anos, mas que não tem sido suficientes para gerar empregos para os peruanos mais pobres. O ex-presidente da república mantém seu toque populista e promete reduzir as tarifas de telefone e eletricidade, criar um banco governamental de fomento agrícola e outorgar empréstimos a juros baixos para os granjeiros, além de fortalecer as leis trabalhistas.

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